RESISTÊNCIA A INSULINA: COMO O ENDOCRINOLOGISTA PODE TE AJUDAR

ENDOCRINOLOGISTA é o médico que cuida dos distúrbios hormonais. Hormônios são substâncias produzidas por glândulas endócrinas, que secretados no sangue, irão agir em órgãos distantes com o objetivo de controlar o funcionamento correto de um determinado sistema. Por isso a especialidade é corretamente chamada de ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA.

O campo de atuação do endocrinologista é extremamente vasto, atuando em doenças onde ocorre falta, mau funcionamento ou excesso de determinado hormônio. Ele também contribui minimizando efeitos colaterais de medicações usadas para o tratamento de outras doenças que interferem na produção, ação ou metabolismo de tecidos, especialmente, o sistema osteomuscular, reprodutivo e no metabolismo das gorduras e açucares no sangue.

Um problema bastante freqüente que vem atingindo cada vez mais pessoas é o mau funcionamento do hormônio insulina, também chamado de resistência a insulina. Este hormônio, produzido pelo pâncreas, é responsável por transportar a glicose que está no sangue para o interior das células onde irá ser usada como fonte de energia. A insulina atua também no metabolismo de proteínas e gorduras sendo fundamental para controlar os nutrientes que estão circulando no sangue.

Devido a substâncias inflamatórias produzidos pela gordura corporal, isto mesmo, a gordura corporal tem capacidade de secretar uma série de “citocinas inflamatórias” que fazem a insulina perder a sua função e o corpo ficar resistente a ela. Daí o nome resistência a insulina.

Com a perda da função da insulina, o pâncreas passa a secretar uma maior quantidade de insulina para garantir o seu funcionamento. Porém, este aumento da produção da insulina, apesar de benéfico em um primeiro momento, leva a uma série de problemas, sobretudo:
– aumento de peso,
– fome excessiva,
– hipoglicemias após refeições ricas em açúcares,
– tonturas,
– infertilidade,
– cansaço,
– aumento dos triglicerídeos, 
– excesso de pelos e espinhas,  síndrome dos ovários policísticos e infertilidade,
– problemas na tireóide,
– perpetuação da inflamação crônica sub-clinica e
– envelhecimento acelerado.

Uma maneria bastante eficiente de saber se a pessoa está resistente a insulina é dosá-la pela manhã e calcular o HOMA-IR. Podemos dosá-la junto com a glicose após uma sobrecarga de um açúcar chamado dextrosol. Este exame dura 2 horas e é dosada a insulina e a glicose de meia em meia hora.

Qual a relação entre diabetes e resistência a insulina?
Esta relação fica evidente quando a capacidade de secretar insulina fica prejudicada e a glicose no sangue começa a subir, principalmente, após as refeições. Neste momento a chance diabetes é grande!

Combatendo o problema.

A melhor estratégia pra vencer este problema é a diminuição do consumo de carboidratos simples, associado a prática de exercícios físicos, tanto aeróbicos (melhoram a inflamação crônica e contribuem para a perda da gordura visceral), e exercícios de força, que aumentam a captação de glicose pelo músculo.

O tratamento medicamentoso da resistência a insulina deve ser sempre feito com acompanhamento médico e tem como base melhorar a captação de glicose pelo fígado (metformina) e melhorar a captação de glicose pelos tecidos periféricos (análogos do glp1 e glitazonas). Um nutriente chave neste processo é o cromo.

Atuar nesse processo é a chave para o emagrecimento definitivo, além de melhorar significativamente a vitalidade e saúde como um todo!