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Você já ouviu falar em DISRUPTORES ENDÓCRINOS?

Você já ouviu falar em DISRUPTORES ENDÓCRINOS?

 

 

Os DISRUPTORES ENDÓCRINOS – DECS (endocrine disruptors chemicals, em inglês) são uma gama de substâncias químicas que interferem no sistema hormonal, alterando a forma natural de comunicação do sistema endócrino, causando distúrbios na vida selvagem e também na saúde do próprio homem, o que leva a sintomas diversos e que são de difícil diagnóstico.

 

Os DISRUPTORES ENDÓCRINOS atuam no organismo humano por meio de imitação dos hormônios naturais (como o estrógeno), dessa forma, ocorre um bloqueio da ação hormonal natural e uma alteração dos níveis de hormônios naturais.

 

Produtos de higiene pessoal, cosméticos, aditivos alimentares, embalagens e recipientes de plástico são exemplos de DISRUPTORES ENDÓCRINOS.

 

A OBESIDADE é uma doença relacionada aos DISRUPTORES ENDÓCRINOS.

 

Acredita-se que a principal ação dos DISRUPTORES ENDÓCRINOS relacione-se à interferência na diferenciação do adipócito e nos mecanismos de homeostase do peso.

 

No Brasil, as maiores prevalências de obesidade são encontradas nas regiões mais industrializadas do país, portanto, onde potencialmente ocorre maior exposição da população aos DISRUPTORES ENDÓCRINOS.

 

Um estudo muito interessante foi feito pelo Dr. Bruno A. Rocha, do Laboratório de Toxicologia e Essencialidade de Metais, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, no Brasil, com a ajuda de colaboradores de outras universidades. Eles mediram a concentração urinária de DISRUPTORES ENDÓCRINOS em crianças brasileiras e sua associação com danos causados ao DNA celular.

 

Neste estudo, as concentrações de 40 disruptores foram determinadas em amostras de urina coletadas de 300 crianças brasileiras, de 6 a 14 anos, e os dados foram analisados por técnicas avançadas de mineração de dados.

 

O dano oxidativo ao DNA foi avaliado a partir das concentrações urinárias de 8-hidroxi-2′-desoxiguanosina (8OHDG).

 

O dano do DNA está relacionado com malformações congênitas,  envelhecimento acelerado, morte prematura, cânceres, cansaço crônico entre outros problemas.

 

Quais os sintomas? 

 

  • Distúrbios hormonais e menstruais.
  • Infertilidade
  • Aborto espontâneo
  • Morte neonatal e natimorto
  • Malformações congênitas
  • Distúrbios cognitivos e diminuição do QI
  • Atraso no desenvolvimento infantil
  • Câncer na infância

 

Os destaques do estudo mostram que:

 

  • 40 produtos químicos DISRUPTORES ENDÓCRINOS foram medidos na urina das crianças do Brasil.
  • Altas concentrações urinárias de substâncias químicas disruptoras endócrinas foram associadas ao uso de produtos de cuidados pessoais e cosméticos.
  • As concentrações urinárias de DISRUPTORES ENDÓCRINOS foram influenciadas por sexo, idade e região geográfica.
  • A co-exposição a Bisfenol A (BPA), parabenos e diclorofenois está associada a danos ao DNA.
  • A exposição humana a substâncias químicas disruptoras endócrinas tem recebido considerável atenção nas últimas três décadas. No entanto, pouco se sabe sobre a influência da co-exposição a múltiplos DISRUPTORES ENDÓCRINOS em biomarcadores de efeito, como o estresse oxidativo em crianças brasileiras.

 

ATENÇÃO às substâncias DISRUPTORAS ENDÓCRINAS que devem ser pesquisadas nos rótulos:

 

 

  • bis fenol A (BPA),
  • metilparabeno (MeP),
  • etilparabeno (EtP),
  • propilparabeno (PrP),
  • ácido 3,4-dihidroxibenzóico (3,4-DHB),
  • ácido metil-protocatecuico (OH-MeP),
  • ácido etil-protocatecuico (OH-EtP),
  • triclosan (TCS),
  • triclocarban (TCC),
  • 2-hidroxi-4-metoxibenzofenona (BP3),
  • 2,4-di-hidroxibenzofenona (BP1),
  • bisfenol A bis (2,3-di-hidroxipropil),
  • éter glicidílico (BADGE 2H2O),
  • 2,4-diclorofenol (2,4-DCP)
  • 2,5-diclorofenol (2,5-DCP)

 

Estas substâncias foram encontrados em mais de 50% das amostras de urina analisadas.

 

As maiores concentrações médias geométricas foram encontradas para MeP (43,1 ng/mL), PrP (3,12 ng/mL), 3,4-DHB (42,2 ng/mL), TCS (8,26 ng/mL), BP3 (3,71 ng/mL) e BP1 (4,85 ng/mL), e a maioria das exposições foram associadas ao uso de produtos de higiene pessoal (PCP).

 

Os resultados mostram que a co-exposição a OH-EtP, OH-MeP, 3,4-DHB, BPA, 2,4-DCP, MeP, TCS, EtP, BP1 e 2,5-DCP foi associada a danos no DNA em crianças.

 

Este é o primeiro estudo a relatar a exposição de crianças brasileiras a uma ampla gama de DISRUPTORES ENDÓCRINOS e a abordagem de mineração de dados reforçou ainda mais as descobertas de co-exposições químicas e biomarcadores de efeito nocivo.

 

A comparação com os dados disponíveis de estudos feitos em outros países mostra que as crianças brasileiras avaliadas na pesquisa possuem alta concentração de DISRUPTORES ENDÓCRINOS que costumam fazer parte da composição de produtos pessoais e cosméticos, produtos estes que são campeões de venda no Brasil.

 

DISRUPTORES ENDÓCRINOS, vamos ficar atentos a este assunto!

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